![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQo1IypGaMuaGZOk03vyO_qs0lHh7ATzyJmosUIOqM5bvG9ngexVYDjosR360mYloDzFuaHT7ffPqSau-wgN11Oarcygk5_3gyWAUUjXirDIofkmrzpOqG6g99m3fzIZ7Fu0K3ZmA7JA4/s280/hugo.jpg)
Assinada por uma dupla tarimbada (Claudio Botelho e Charles Möeller), a produção é esmerada - dos figurinos à atlética coreografia, da versão das letras à interpretação, "Hair" resgata um sentimento duradouro. "Ainda vivemos em guerra e os conflitos são muito parecidos e tão assustadores e sem sentido como o do Vietnã. Da mesma forma que ainda somos cheios de tabus e vivemos na intolerância. O grito de Hair continua ecoando", justifica Charles Möeller.
O musical é ambientado em 1968 e acompanha os passos de John Berger (Igor Rickli), hippie que comanda uma tribo de moças e rapazes de Nova York. O grupo logo é reforçado por Claude (Hugo Bonemer), rapaz que vive um dilema: oprimido pelos pais, que o querem alistado no Exército para a Guerra do Vietnã, ele também é assediado pelos hippies, que o incentivam a se soltar das amarras sociais.
Botelho e Möeller assistiram ao revival de "Hair" em 2009 em Nova York e, emocionados, decidiram comandar uma versão brasileira. "Na remontagem, a diretora Diane Paulus trouxe personagens mais modernizados, sem o ranço experimentalista que marcou o original", conta Botelho que, depois disputar com a Time For Fun (que monta musicais no Teatro Abril), conseguiu os direitos, auxiliado pela Aventura Entretenimento, empresa que vem patrocinando os recentes espetáculos da dupla.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMkpZacA_dTsTxI7suGjzj7__3gTteX_PBo_kG1iiIjaZkEL1YqtE1r18bZ4wvNc3a5PSq8B2Z6U5lqp65vYBOkQC5qrrEKxxBqTIu73HGZ6QuA7v0z2UurVrswRxtrektzXfDe-ZUo0c/s400/hugo+2.jpg)
Primeira Montagem
Em pouco tempo, a contagiante contestação pregada por "Hair" se espalhou por outros países, logo depois de a peça chegar à Broadway, em 1968. No Brasil, a peça estreou no dia 8 de outubro de 1969, no Teatro Bela Vista, atual Sérgio Cardoso. Previsto para uma temporada de apenas dois meses, o musical provocou um sucesso estrondoso e ficou em cartaz por quase dois anos.
No elenco de estreia estavam desde atores então conhecidos, como Helena Ignez, Armando Bogus, Aracy Balabanian, Ariclê Perez e Francarlos Reis, até principiantes como Sônia Braga, Ney Latorraca, Buza Ferraz, José Luiz Pena e Carlos Alberto Riccelli.
Hair - Teatro Oi Casa Grande (Av. Afrânio de Mello Franco, 290, Leblon). Tel. (21) 2511-0800. 5ª e 6ª, às 21h; sáb., às 18h e 21h30; dom., às 19h. R$ 40/R$ 150. Até 19/12.
Nenhum comentário:
Postar um comentário