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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

RELACIONAMENTOS


 Arnaldo Jabor

Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...
- Cinco anos.... que pena... acabou...
- é... não deu certo...
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos essa coisa completa.
Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.
Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.
Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto.
Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?
O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós.
Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.
E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar...
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ???"

2 comentários:

  1. Showwwwwwwwwwwww. aplaudo de pé.lindamente escrito. parabéns.

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  2. Talvez o que eu mais veja nos relacionamentos é o "medo de perder". Medo de perder uma discussão, perder um parceiro, perder um companheiro de balada, medo de perder a auto-estima ao ser trocado por outro... E, muitas vezes movidos por este medo, em busca de um relacionamento "seguro", tem-se a ilusão de que acorrentando o companheiro(a) emocionalmente, cortando-lhe as asas, restringindo-lhe a liberdade, alcança-se esse objetivo.
    Como eu disse... pura ilusão.
    Amar não é fechar portas, mas sim escancarar janelas - é ajudar o outro a alçar vôos mais altos, e voarem juntos, lado a lado. Pense comigo: você conhece algum pássaro que voa acorrentado? Não... Sendo assim, entenda que permanecer ao lado do outro precisa ser um ato de liberdade e escolha consciente. Ninguém força ninguém a amar... E quando a gente ama, quer estar junto e partilhar do milagre de viver.
    Por outro lado, desconheço quem seja perfeito nessa vida... nem o outro e muito menos você. Então, ao escolher seguir pela vida na condição de casado, esteja ciente de que a pessoa amada irá decepcioná-lo algumas vezes, terá hábitos que o irritarão tantas outras, e testará a sua paciência em muitas situações.
    O tempo de "namoro" é importantíssimo, pois nos permite, em primeiro lugar, enxergar esses pequenos e adoráveis "defeitos" no outro, e ao mesmo tempo, nos oferece a oportunidade de avaliarmos se seremos capazes de suportar a convivência com eles pelo resto da vida (ou quase).
    Concluindo, digo que viver o amor romântico não é fácil - é desafio diário que inclui inúmeras renúncias. Além disso, amar também é querer que o outro seja feliz... e ninguém é feliz sem liberdade.
    Abraços a todos, amigos.

    Dr. Fábio Augusto
    www.fabioaugustooficial.com.br

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