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sábado, 29 de agosto de 2009


Eu nasci há mais de um século atrás, na cidade de Rondonópolis, em Mato Grosso. Trabalhei na Elite por muito tempo, transformando pessoas em modelos. Hoje continuo fazendo essas transformações na BRM Models.Quando eu tinha 13, 14 anos (não me lembro ao certo), lá no interior de Mato Grosso, para ser mais exato em Quatro Marcos, despertei para a escrita e leitura graças à professora Elaíse.Essa professora era romântica. Tinha ou tem ainda – perdi o contato – uma visão poética da vida. Eu adorava suas aulas de português e literatura. No fundo eu também tinha esta visão, talvez influenciado inconscientemente por essa mestra querida. Coloco poesia na minha vida também, embora quem me conheça superficialmente, só veja a rebeldia que é muito forte em mim. Odeio ser rotulado disso ou daquilo. Sou um pouco de cada coisa. Desde essa época, em que aprendi a apreciar um bom livro, e conforme fui vivendo, esse hábito também foi crescendo. Na adolescência lia menos; os compromissos dessa época eram muitos e eu precisava de alguma forma vivê-los intensamente. E vivi. Depois dos 40 anos, esse prazer de ler é o que mais me atrai, além de outros, claro. Algumas vezes batia o meu próprio recorde e já cheguei a ultrapassar os 80 livros/ano. Sempre que leio um livro, normalmente vou sublinhando tudo o que acho inusitado. Na falta de um lápis, vou de caneta mesmo e depois transfiro tudo o que sublinhei para um caderno que é uma espécie de fichário. Neste caderno, existem anotações bastante expressivas daquilo em que acredito. E depois de anotar tudo, dou o livro para alguém ler. Sempre fui desprendido e não vejo motivo para guardá-lo se as anotações já foram fixadas. Alguns dos meus amigos têm prateleiras enormes de livros que não leram e ficam na casa deles, ocupando espaço. E pensando que estes livros podem mudar e ampliar a cabeça das pessoas, que muitas vezes não conhecem a sua própria amplitude mental, é que acho importante doar os livros. Por mais simples que sejam, com certeza nos dão alguma lição que servem para enriquecer a nossa vivência.Eu, definitivamente, não consigo ficar 10 dias sem ler, pois faz parte da minha essência.Não sou intelectual e nem tenho postura para tal. Não consigo ser contido, tampouco dono da verdade; quero aprender sempre e por isso leio com fervor, mas isso não me impede de ter as minhas próprias experiências e fazer com que a felicidade me persiga.Já ouvi de algumas pessoas que eu devia ser mais introspectivo, porque é assim o protótipo da pessoa séria. Eu até acho que tem que ser e às vezes tento, mas logo dou uma risada rasgada e lá se foi o personagem.Às vezes penso que se os intelectuais sorrissem mais, talvez pudessem atrair mais leitores e o carisma deles fluiriam mais.Doem os livros que vocês já leram. Façam outras pessoas felizes, assim como você foi lendo estes livros.Não prenda a cultura, vamos fazer dos livros um patrimônio da humanidade sem forçar a barra.Se não quiserem doar para a Campanha Balada Cultural, doem para os amigos que vocês mais amam. Induza-os a gostarem de leitura, principalmente os adolescentes, pois é nesta fase que estão descobrindo a personalidade e formando o caráter. Nem todo mundo teve a sorte de ter uma Professora Elaíse como eu, então transformem aqueles que puderem nos seguidores dessa grande Mestra.

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