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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Samara Poderosa Felippo 2012

Making off Revista Shape
Estúdio André Schiliro





O sal da terra


Texto e foto de Valéria del Cueto

Sabia que estava fora de seu ambiente. Sentia que faltavam vários elementos essenciais para seu bem estar.

Espaço, cores e sabores faziam parte da composição ideal de sua existência. Tornavam seus dias mais suportáveis, suas idéias mais claras, seus objetivos mais tangíveis.

Precisava apenas sobreviver até que pudesse readquirir seu equilíbrio. De preferência sem que chegasse a se debater ou se desesperar pelas ausências tão sentidas.

O truque – sim, ele existia - era não gastar suas reservas de energias em vão. Físicas, mentais e espirituais. Não era fácil, mas tão pouco impossível, conforme começou a reparar com o lento e inexorável passar do tempo.

Precisava manter as forças que delicadamente igualavam seu querer capturando no entorno inevitável, pequenos - mas muito significativos - elementos que alimentassem seu mais importante recurso natural e intransferível: a esperança.

Se o espaço era reduzido - diminuto até - escapava pelo infinito virtual e dele fazia seu mundo interior. Esquecia as quatro paredes que a aprisionavam, navegando pelos múltiplos caminhos e variados atalhos da “nuvem” internética e, através dela, expandia suas atividades e o alcance de sua voz.
Quando percebia que seu espírito estava fragilizado, apelava aos deuses do céu e da terra esturricada, num diálogo franco e sem vaidades, para que seus pedidos de misericórdia e uma dose infindável de paciência fossem atendidos.
Nada era impossível quando usava sua fé, capaz de remover as quase inexpugnáveis montanhas de tristeza e frustração que a situação gerava.
Restava, então, seu corpo. Provavelmente a parte que mais sinalizava indicando a ausência de seu lugar: mais pesado, menos ágil e muito pálido, por falta de amplitude e motivação imediata.
Passou a dançar sozinha, frente a frente com sua própria imagem, seu par disponível para o momento, refletido no espelho. Também fazia abdominais e exercícios básicos, mesmo sabendo-os insuficientes para manter sua agora inútil forma ideal. Tinha noção exata do que fazia os prisioneiros se dedicarem a malhação compulsiva em suas celas.

Mesmo assim, faltava algo. Um gosto, uma sensação tátil que demorou a definir.

Faltava o sal que alimentava a maciez de sua pele, apesar dos entendidos dizerem que ele apenas ressecava a fina cútis dos seres normais.

Havia anormalidade nessa sua necessidade física? Pode ser que sim. Mas ele trazia de volta um cheiro e uma sensação de volta pra casa, um desejo poderoso, porém momentaneamente inalcançavel.

Deu asas à imaginação, buscando nas reminiscências e esquinas de suas lembranças o que fazia tanta falta.

Não era a mesma coisa. Precisava sentir a aspereza das partículas de cristais ao deslizar a mão por sua pele.

Até que decidiu gerar seu próprio sal, produzido pelo suor do seu corpo, exposto ao sol inclemente (para outros) que irradiava, queimando a terra. Para extraí-lo, passou a se expor abertamente a luz solar.

E a recompensa pelo esforço chegou dando de lambuja um bronzeado somente obtido da junção do sal com o sol.

Estava quase completa! Sabia que seria ele, o sal da terra que a faria, muito devagar, chegar ao seu mar...


* Valéria del Cueto é jornalista, cineasta e gestora de carnaval. Esta crônica faz parte da série Parador Cuyabano do SEM FIM http://delcueto.multiply.com

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

domingo, 27 de novembro de 2011

VENDE-SE TUDO!

Por Martha Medeiros)


No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:

- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.
Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.

Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas.
Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu. No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.
Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material.

Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo.
Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida.

Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile.
Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.
Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde.
Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza:
" só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir,"
é melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!

Não são as coisas que possuímos ou compramos que representam riqueza ou plenitude.
São as dádivas especiais que não tem preço, as pessoas que estão próximas da gente e que nos amam, a saúde, os amigos que escolhemos, a nossa fé e Paz de espírito.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O Espelho de Gandhi




Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos.
Ele respondeu:
A Política, sem princípios; o Prazer, sem compromisso; a Riqueza, sem trabalho; a Sabedoria, sem caráter; os Negócios, sem moral; a Ciência, sem humanidade; a Oração, sem caridade.

A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis??, se eu sou amável,
que as pessoas são tristes, se estou triste,
que todos me querem, se eu os quero,
que todos são ruins, se eu os odeio,
que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio,
que há faces amargas, se eu sou amargo,
que o mundo está feliz, se eu estou feliz,
que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva,
que as pessoas são gratas, se eu sou grato.

A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta. A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante mim.
"Quem quer ser amado, ame"

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O que uma escritora Holandesa falou do Brasil!





Leia com atenção.

Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.

Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.

Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.

Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.

Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de ‘Como conquistar o Cliente’.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos..

Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa. Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc… Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.

6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.

8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.

9.Telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas..

10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.

11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.

É! O Brasil é um país abençoado de fato.

Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.

Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.

Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.

Bendita seja, querida pátria chamada

Brasil!

Seria o mínimo...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Uma nova vida em dois anos

Tom Coelho

A vida me tem sido um constante exercício do aprendizado. E, parafraseando o Talmude, tenho aprendido muito com meus mestres, mais com meus amigos e mais ainda com meus alunos. Estes personagens surgem a todo instante, vêm e vão, deixando sempre um pouco de si e levando um pouco de mim também. E assumem formas variadas, humanas ou inanimadas, eternizadas numa palavra, num gesto, numa canção ou numa imagem. Aprendi com o filósofo dinamarquês Sören Kierkegaard que "a vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para frente". Assim, embora com a visão sempre voltada ao futuro, próximo e distante, não raro coloco-me a espreitar meu passado, como quem investiga o porquê das escolhas feitas e dos caminhos trilhados. E tenho observado que minha vida, hoje, é reflexo das decisões tomadas há não mais do que apenas dois anos.
Minhas alegrias ou desalentos, realizações ou frustrações, companheiros ou adversários, enfim, os frutos que tenho colhido, sejam saborosos ou insípidos, foram cultivados por mim mesmo, ora em terreno fértil, de onde viceja a prosperidade, ora em terreno arenoso, de onde grassa a inutilidade.
Finis origine pendet - Fui felicitado com a possibilidade de assistir a um filme singular, "O Clube do Imperador", protagonizado por Kevin Kline, no papel do professor William Hundert, responsável pelo ensino de História Greco-Romana aos alunos secundaristas de uma tradicional escola norte-americana cujo lema associado à sua insígnia é finis origine pendet, ou seja, "o fim depende do início".
Na mesma proporção em que nossa condição vigente é resultado do que fizemos no passado, as portas do futuro se abrirão como consequência daquilo que fizermos no presente. Olhe ao seu redor. São as atividades que você realiza hoje e as pessoas com as quais convive neste momento que determinarão quem você será e onde aportará ao cabo de um par de anos.
Se um determinado empreendimento não vai bem, esteja certo de que isso decorre de decisões equivocadas, de estratégias inadvertidas ou de projetos não implementados no decorrer dos últimos dois anos. Lembre-se de que uma empresa quebra de duas maneiras: aos poucos e de repente. E relacionamentos também são assim...
Iniciar um novo curso ou uma pós-graduação fará de você um profissional mais conceituado e requisitado em dois anos. Mudar sua postura e suas atitudes na empresa em que trabalha atualmente ensejará ganhos que poderão ser premiados com uma grande promoção em até dois anos. Considerar a possibilidade de empreender em um negócio próprio, estruturando sua saída do mercado de trabalho formal e se preparando estrategicamente para alçar voos maiores, com certeza lhe permitirá ter sucesso em breves dois anos. Alterar hábitos alimentares e adotar uma rotina de exercícios físicos prazerosos e regulares tornará seu corpo mais saudável em menos de dois anos. Transformar um relacionamento pessoal superficial e despretensioso em algo nobre e edificante, uma vez vislumbrado que corações e mentes completam-se, poderá implicar uma união duradoura em meros dois anos.
Espero que você se conscientize da importância de fazer escolhas e de suas consequências num horizonte próximo. Simplifique sua vida, abdicando de atividades e relações que não lhe acrescentam paixão e bem-estar. É fácil identificar isso, pois são fontes de ressentimento e angústia. Pessoas que você não quer ver, telefonemas que não deseja atender. Você não está obrigado a manter tais relações. Talvez não as possa romper de imediato, mas poderá planejar sua saída com a maior brevidade.
Para o político que ganha a eleição, o atleta que se consagra na competição, o profissional que se completa na realização, o amor que se revigora na paixão, o fim depende do início. Depende dos propósitos de nossas ideias, dos princípios que norteiam nossas ações e do caráter, nosso e dos que nos cercam.

Tom Coelho
Educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Tem especialização em qualidade de vida, empreendedorismo e marketing, e mestrado em saúde e segurança do trabalho.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Arquétipo

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvid...as e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. (Oscar Wilde)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Música no céu


Texto e foto de Valéria del Cueto

Ai, meu santo do pinga-pinga. Já estava até olhando com bons olhos meu ponto de escrevinhação cuiabano e assimilando o contraste do azul fibra da piscina pré-moldada com os tons ocres da Pedra de São Tome que cobre seu entorno e o branco das espreguiçadeiras tipo “goiano”.

Bastava que me colocasse de costas para a parede lisa amarela cheia de janelas gradeadas, basculantes, aparelhos de ar condicionado e tubos e tubos de fios. Desse modo, também, excluía do meu campo de visão as duas elegantíssimas – modelo GG – antenas parabólicas de canal a cabo.

Sendo assim, aproveitava para eliminar, de quebra, a parte construída com a churrasqueira de tijolinhos e a enorme caixa d’água, visível nas melhores imagens do ramo. Do alto da baixadona, só dão ela e o morro de Santo Antônio se destacando na paisagem.

Enfim, procuro restringir meu campo visual à diagonal oposta.

O muro branco chapiscado tem apenas um portão de ferro no meio e, deduzo que mesmo ele não fazia parte do projeto original pelas marcas de cimento não igualadas em todo seu contorno.

Uma parte do piso, como já disse, é de Pedra de São Tomé. Mas, a lateral entre as plantas dos canteiros que margeiam o muro, é de brita mesmo.Separadas da pedra por uma muretinha baixa pintada de branco.

Na brita há mesas e bancos de concreto enfileirados paralelamente ao muro. Em algumas de suas partes, a hera tenta subir, se agarrando no cimento irregular do chapisco. Na raça, por que com a falta de poda adequada ela não consegue grudar e, portanto, se desenvolver.

Seu melhor desempenho é na quina da diagonal que mencionei anteriormente. É ali, nas sombras das folhagens generosas de um coqueiro e dois tufos, com algumas palmeiras, estas já bem maiores que o muro, aquele no mínimo três vezes a sua altura que ela, a hera, desembestou. Provavelmente graças a sombra amena que alivia o calor e retém o que pode da baixa umidade.

Por cima do muro branco uma moldura desigual composta de coqueiros, mangueiras, as tradicionais que habitam os quintais cuiabanos, e árvores das calçadas, que não sei o nome, talvez algum tipo de fícus, quebram o contraste que poderia ser monótono com o céu azul, borrado por finas nuvens.

Nos fios elétricos que correm junto ao muro, parecendo linhas de uma pauta musical, os passarinhos são as notas desenhadas das canções.

Quem poderia ser doce, se não fosse o pinga-pinga... Para mim, aquilo jamais seria o som um pingo d’água. Parecia uma batida num ferro.

O diagnóstico veio de um amigo muito mais experiente no setor de edificações. Tá seco, disperso e metálico? Vazando da caixa. “É água”, disse ele. Acatei e me ferrei.

Por que agora, sei que há um barulho que detesto. Justo na parte que me cabe para escrever as crônicas. A parte boa, ela sempre há, basta procurar (ás vezes precisa procurar muito mesmo!) é que assim como começa...

O barulho para e dá lugar ao silêncio da brisa e a conversa animada dos passarinhos que visitam os quintais cuiabanos da vizinhança e formam a música imaginária ao pousarem na pauta musical dos fios elétricos.

Tudo isso para dizer que nada é tão ruim que não possa ser modificado ou imaginado de uma maneira muito melhor. Assim, fica mais fácil ver e conviver com este mundo que nem sempre foi o que pedimos à Deus...



* Valéria del Cueto é jornalista, cineasta e gestora de carnaval. Esta crônica faz parte da série Parador Cuyabano do SEM FIM http://delcueto.multiply.com

sábado, 12 de novembro de 2011

CORA CORALINA





CORA CORALINA

Um repórter perguntou à Cora Coralina o que é viver bem.
Ela lhe ...disse:

Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo pra você, não pense.
Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo que estou velha, e não digo que estou ouvindo pouco.
É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.

Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia.
Também não diga pra você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou cansada.

Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica.
Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio!
Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha, não. Você acha que eu sou?

Posso dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser. Filha dessa abençoada terra de Goiás.
Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos.
Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.

Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.

O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança.

Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.

Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Duas histórias

Você vai gostar de ler.



HISTÓRIA NÚMERO UM

Há muitos anos atrás, Al Capone controlava virtualmente Chicago. Capone não era famoso por nenhum ato heróico.

Ele era notório por empastar a cidade com tudo relativo a contrabando, bebida, prostituição e assassinatos.

Capone tinha um advogado apelidado 'Easy Eddie'. Era o seu advogado por um excelente motivo. Eddie era muito bom!

Sua habilidade, manobrando no cipoal legal, manteve Al Capone fora da prisão por muito tempo.

Para mostrar seu apreço, Capone lhe pagava muito bem. Não só o dinheiro era grande, como Eddie também tinha vantagens especiais.

Por exemplo, ele e a família moravam em uma mansão protegida, com todas as conveniências possíveis.

A propriedade era tão grande que ocupava um quarteirão inteiro em Chicago. Eddie vivia a vida da alta roda de Chicago, mostrando pouca preocupação com as atrocidades que ocorriam à sua volta.

No entanto, Easy Eddie tinha um ponto fraco.

Ele tinha um filho que amava afetuosamente.

Eddie cuidava que seu jovem filho tivesse o melhor de tudo: roupas, carros e uma excelente educação.
Nada era poupado. Preço não era objeção. E, apesar do seu envolvimento com o crime organizado, Eddie tentou lhe ensinar o que era certo e o que era errado. Eddie queria que seu filho se tornasse um homem melhor que ele.

Mesmo assim, com toda a sua riqueza e influência, havia duas coisas que ele não podia dar ao filho: ele não podia transmitir-lhe um nome bom ou um bom exemplo.

Um dia, o Easy Eddie chegou a uma decisão difícil. Easy Eddie tentou corrigir as injustiças de que tinha participado.

Ele decidiu que iria às autoridades e contaria a verdade sobre Al 'Scarface' Capone, limpando o seu nome manchado e oferecendo ao filho alguma semelhança de integridade.

Para fazer isto, ele teria que testemunhar contra a quadrilha, e sabia que o preço seria muito alto. Ainda assim, ele testemunhou.

Em um ano, a vida de Easy Eddie terminou num tiroteio em uma rua de Chicago.

Mas aos olhos dele, ele tinha dado ao filho o maior presente que poderia oferecer, ao maior preço que poderia pagar.

A polícia recolheu em seus bolsos um rosário, um crucifixo, uma medalha religiosa e um poema, recortado de uma revista.

O poema: 'O relógio de vida recebe corda apenas uma vez e nenhum homem tem o poder de decidir quando os ponteiros pararão, se mais cedo ou mais tarde.


Agora é o único tempo que você possui. Viva, ame e trabalhe com vontade. Não ponha nenhuma esperança no tempo, pois o relógio pode parar a qualquer momento.'



HISTÓRIA NÚMERO DOIS

A Segunda Guerra Mundial produziu muitos heróis.

Um deles foi o Comandante Butch O'Hare. Ele era um piloto de caça, operando no porta-aviões Lexington, no Pacífico Sul.

Um dia, o seu esquadrão foi enviado em uma missão. Quando já estavam voando, ele notou pelo medidor de combustível que alguém tinha esquecido de encher os tanques. Ele não teria combustível suficiente para completar a missão e retornar ao navio. O líder do vôo o instruiu a voltar ao porta-aviões.
Relutantemente, ele saiu da formação e iniciou a volta à frota.

Quando estava voltando ao navio-mãe viu algo que fez seu sangue gelar: um esquadrão de aviões japoneses voava na direção da frota americana. Com os caças americanos afastados da frota, ela ficaria indefesa ao ataque.

Ele não poderia alcançar seu esquadrão nem avisar a frota da aproximação do perigo.

Havia apenas uma coisa a fazer. Ele teria que desviá-los da frota de alguma maneira..

Afastando todos os pensamentos sobre a sua segurança pessoal, ele mergulhou sobre a formação de aviões japoneses.

Seus canhões de calibre 50, montados nas asas, disparavam enquanto ele atacava um surpreso avião inimigo e em seguida outro. Butch costurou dentro e fora da formação, agora rompida e incendiou tantos aviões quanto possível, até que sua munição finalmente acabou. Ainda assim, ele continuou a agressão.

Mergulhava na direção dos aviões, tentando destruir e danificar tantos aviões inimigos quanto possível, tornando-os impróprios para voar.
Finalmente, o exasperado esquadrão japonês partiu em outra direção.

Profundamente aliviado, Butch O'Hare e o seu avião danificado se dirigiram para o porta-aviões. Logo à sua chegada ele informou seus superiores sobre o acontecido. O filme da máquina fotográfica montada no avião contou a história com detalhes. Mostrou a extensão da ousadia de Butch em atacar o esquadrão japonês para proteger a frota. Na realidade, ele tinha destruído cinco aeronaves inimigas.

Isto ocorreu no dia 20 de fevereiro de 1942, e por aquela ação Butch se tornou o primeiro Ás da Marinha na 2ª Guerra Mundial, e o primeiro Aviador Naval a receber a Medalha Congressional de Honra.

No ano seguinte Butch morreu em combate aéreo com 29 anos de idade. Sua cidade natal não permitiria que a memória deste herói da 2ª Guerra desaparecesse, e hoje, o Aeroporto O'Hare, o principal de Chicago, tem esse nome em tributo à coragem deste grande homem.

Assim, se porventura você passar no O'Hare International, pense nele e vá ao Museu comemorativo sobre Butch, visitando sua estátua e a Medalha de Honra. Fica situado entre os Terminais 1 e 2.

O que têm estas duas histórias de comum entre elas?

Butch O'Hare era o filho de Easy Eddie.

domingo, 6 de novembro de 2011

sábado, 5 de novembro de 2011

Você entende isso?

Vamos fazer valer a pena...

Elogie do jeito Certo

Por Marcos Meier*

Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.

O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” ... e outros elogios à capacidade de cada criança.

O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” ... e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.

Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.

As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.

A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.

No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.

Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu video game foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.

Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.

Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.

Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.

* Marcos Meier é psicólogo, professor de Matemática e mestre em Educação. Especialista na teoria da Modificabilidade Estrutural Cognitiva de Reuven Feuerstein, em Israel. Também conhecida como teoria da Mediação da Aprendizagem.

UM PERNAMBUCANO NA SUIÇA !!!!!!!!!‏


Leia até o final e dê boas gargalhadas!
Beijos carinhosos, Bom fim de semana atodos.



BRASIL ... OÁSIS DO MUNDO.


Diário de um pernambucano na Suíça

12 Agosto - Hoje me mudei para minha nova casa na Suíça. Um belo chalé
nos Alpes. Que paz! Tudo aqui é tão bonito e silencioso. Os Alpes são
tão majestosos. Quase que não posso esperar para vê-los cobertos de
neve. Que bom haver deixado para trás o calor, a umidade, o tráfego, a
violência, a poluição e aqueles brasileiros mal educados. Isto sim é
que é vida!

14 Outubro - A Suíça é o lugar mais bonito que já vi em minha vida. As
folhas passaram por todos os tons de cor entre o vermelho e o amarelo.
Que bom ter as quatro estações. Saímos a passear pelos bosques e, pela
primeira vez, vi um cervo. São tão ágeis, tão elegantes, é um dos
animais mais vistosos que jamais vi. Suíça é mesmo um paraíso. E
pensar que sofri tanto tempo naquele inferno que é Recife.

11 Novembro - Logo começará a temporada de caça aos cervos. Não posso
imaginar como alguém pode matar uma dessas criaturas de Deus. Está
esfriando e praticamente já chegou o inverno. Espero que neve logo.
Isto sim é que é vida!

2 Dezembro - Ontem à noite nevou. Que alegria! Despertei e encontrei
tudo coberto de uma camada branca. Parece um cartão postal... uma
foto. Estava tão contente que rolei nela e logo tive uma batalha de
bolas de neve com os vizinhos (eu ganhei). Que bonita a neve! Parecem
bolas de algodão espalhadas por todos os lados. Que lugar bonito!
Suíça sim é que é vida.

12 Dezembro - Ontem à noite voltou a nevar. Que encanto! Saí novamente
para tirar a neve dos degraus e a passar a pá na entrada e, quando a
niveladora de neve passou na rua, tive que voltar a passar a pá para
tirar a neve...

19 Dezembro - Ontem voltou a nevar. Saí de casa para tirar a neve e a
niveladora voltou a sujar a entrada, mas bom... que vamos fazer? De
toda maneira, isto sim é que é vida.

22 Dezembro - Ontem à noite nevou muito, outra vez. Não pude limpar a
entrada por completo porque, antes que acabasse, já havia passado a
niveladora; assim, hoje, não pude ir ao trabalho. Estou um pouco
cansado de passar a pá nessa neve. Droga de niveladora! Mas, que vida!

25 Dezembro - Feliz Natal ... Aqui não para de cair esta merda branca.
Já tenho as mãos cheias de calos por causa da pá. Creio que a
niveladora me vigia da esquina e espera que eu acabe de tirar a neve
com a pá, para então passar. Vá pra puta que pariu! Se pego o filho da
puta que dirige essa niveladora, juro que o mato.

27 Dezembro - Ontem à noite caiu mais merda branca. Já são três dias
direto que não saio. Nada mais faço senão passar a pá nessa porra de
neve, depois que passa a bosta da niveladora. Não posso ir a lugar
algum. O carro está enterrado debaixo de uma montanha de merda branca.
Não entendo porque não usam mais sal nas ruas, para que se derreta
mais rápido este gelo de merda. O noticiário disse que esta noite vai
cair mais 20 centímetros desta merda branca. Mal posso acreditar!

31 Dezembro - O idiota do noticiário se equivocou outra vez. Não foram
20 centímetros de neve... caiu quase 1 metro dessa merda! Ninguém pôde
sair para comemorar o ano novo. Agora, resulta que a niveladora
quebrou perto daqui, e o filho da puta do motorista veio me pedir uma
pá. Que descarado! Disse-lhe que já tinha quebrado 6 pás limpando a
merda que ele me havia deixado diariamente. Quase quebrei a pá na
cabeça daquele imbecil. Que bosta.

4 Janeiro - Ao fim, hoje consegui sair de casa para ir ao
supermercado. No caminho, fui desviar de um cervo de merda que se
meteu na frente do carro, e bati numa árvore.Putz! O conserto do
carro vai me sair por uns três mil francos suíços. Esses veados deviam
ser envenenados. Antes os caçadores tivessem acabado com eles no ano
passado. A temporada de caça deveria durar o ano inteiro!

15 Março - Escorreguei no gelo que ainda há neste lugar e quebrei uma
perna. Ontem à noite sonhei estar na praia do Porto de Galinhas,
Carneiros, Tamandaré, Boa Viagem, Olinda, etc, bebendo uma cervejinha.
Quero vender esta casa para sair desta merda.

22 Abril - Quando me tiraram o gesso, levei o carro ao mecânico. Ele
disse que o conserto ia ficar o dobro, pois o assoalho estava todo
enferrujado, culpa do sal de merda que jogaram na ruas para derreter a
merda branca. Será que esses cornos não têm outra forma de derreter o
gelo?

3 Maio - Hoje consegui vender a casa para um suíço cornudo. Graças a
Deus poderei sair deste fim de mundo frio e solitário. Amanhã volto
para Recife. Calor, umidade, tráfego, violência, poluição e
inundações. Isto sim é que é vida!PQP, estou de volta!

UM ABRAÇO

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Viva Dona Leopoldina...

Festa de 80 anos de Dona Leopoldina

Marcia e Dona Leopoldina


Dana Leopoldina

Catarine e Dona Leopoçdina

Cesar, Catarine e Marcia

É o que tem para hoje

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Tente zilhoes de vezes ate conseguir

Tente Outra Vez Jonas Salk foi um dos cientistas que descobriram a vacina contra a poliomielite, a paralisia infantil. Certa vez, alguém lhe perguntou: Depois de ter conseguido esta façanha extraordinária, que pôs fim à essa doença terrível, como o senhor encara seus 200 fracassos anteriores? Sua resposta foi: Eu nunca tive 200 fracassos na vida. Minha família nunca os considerou fracassos. Eles serviram de experiência para que eu pudesse aprender mais. Acabo de realizar minha 201ª descoberta. Ela não teria sido possível se eu não tivesse aprendido com as 200 experiências anteriores. Thomas Edison fez mil experiências para conseguir inventar a lâmpada. Um jovem repórter perguntou o que ele achava de tantos fracassos. Edison respondeu: - "Não fracassei nenhuma vez. Inventei a lâmpada. Acontece que foi um processo de 1.000 passos." E assim foi que, de experiência em experiência, ele conseguiu realizar a uma das maiores invenções dos nossos tempos. Isso tudo porque ele não desistiu diante dos inúmeros insucessos. Quem caminha pode cair, mas não precisa ficar no chão. Quem anda pode tropeçar, mas não necessita ficar lamentando o ocorrido. Quem está trabalhando pode tomar uma decisão equivocada, mas isso não é motivo para desistir. Somente quem não realiza nenhuma atividade não corre riscos. Mas também não dá nenhum passo à frente. Fica estacionado no mesmo lugar. O fato de uma ação nossa não trazer o resultado esperado, não quer dizer que tenha sido um fracasso. Pode ser, sim, mais um aprendizado. Mais uma experiência que se soma às demais. Por todas essas razões, você não deve se deixar derrotar pelas tentativas que não tiveram o sucesso esperado. Cada tentativa, vitoriosa ou não, será sempre uma experiência a mais no arquivo do seu aprendizado. Pense nisso! E se você já tentou várias vezes e não deu certo, tente outra vez.

Models de Tangarà

Jeneffer

Lorrayne

Ana Paula

Lorrayner

Beatriz

Lavinia

Ellen

Renata

Juliana

Maria Cecilia

Zuluzinho

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pe. Fábio de Melo

Bom trabalho.

O que me fascina em Jesus não é sua capacidade de ressuscitar os mortos, de curar os cegos, os paralíticos.

O que me fascina Nele é sua capacidade e coragem de dizer que Deus é Pai. Um Pai que tem preferência pelos piores homens e mulheres deste mundo.

Um Pai que ama os que não merecem ser amados, que abraça os que não merecem ser abraçados e que escolhe os que não merecem ser escolhidos.

Um Pai que quebra as regras aos nos desconsertar com seu amor tão surpreendente.

Um Pai que não quer se ocupar com os erros que você cometeu até o dia de hoje, porque o amor que Ele tem por você é um amor cheio de futuro.

Ele não está preso ao seu passado e a Ele não interessa o que você fez ou deixou de fazer de sua vida.

Para Ele o que importa é o que você ainda pode fazer!" ( Pe. Fábio de Melo)