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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Quando o amor vacila



Eu sei que atrás desse universo de aparências, das diferenças todas, a esperança é preservada.
Nas xícaras sujas de ontem, o café de cada manhã é servido.
Mas existe uma palavra que eu não suporto ouvir, e dela não me conformo.
Eu acredito em tudo, mas eu quero você agora.
Eu te amo pelas tuas faltas, pelo teu corpo marcado, pelas tuas cicatrizes, pelas tuas loucuras todas, minha vida.
Eu amo as tuas mãos, mesmo que por causa delas, eu não saiba o que fazer das minhas.
Amo o teu jogo triste.
As tuas roupas sujas, é aqui em casa que eu lavo.
Eu amo a tua alegria. Mesmo fora de si, eu te amo pela tua essência. Até pelo que você podia ter sido... Se a maré das circunstâncias não tivesse te banhado nas águas do equívoco.
Eu te amo nas horas infernais e na vida sem tempo. Quando sozinha, choro na cama num fim de semana.
Eu te amo pelas crianças e futuras rugas. Te amo pelas tuas ilusões perdidas e pelos teus sonhos inúteis.
Amo o teu sistema de vida e morte. Eu te amo pelo que se repete e que nunca é igual. Eu te amo pelas tuas entradas, saídas e bandeiras.
Eu te amo desde os teus pés, até o que te escapa. Eu te amo de alma para alma e mais que as palavras, ainda que seja através delas que eu me defendo.
Quando digo que te amo mais que o silêncio dos momentos difíceis...
Quando o próprio amor vacila.


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