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terça-feira, 2 de novembro de 2010
Pablo Neruda
Que o poeta chileno Pablo Neruda, merecidíssimo ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1971, foi um dos maiores nomes da literatura mundial é algo indiscutível. Ele foi um poeta ímpar, à frente de seu tempo.
A morte de Pablo em 1973 deixou uma lacuna no mundo literário que jamais será preenchida. Sorte que o indescritível poeta nos legou um sem-número de escritos e poesias, para consolar-nos da falta que ele faz.
Além dos escritos de cunho político e social e poesias engajadas na causa da liberdade, suas poesias românticas também são muito famosas, sendo certo que a musa inspiradora do gênio era sua amada Matilde.
Abaixo, transcrevemos um desses sonetos românticos de autoria de Neruda, cujo romantismo e originalidade encantam qualquer apaixonado. Soneto incomparável
” Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho“.
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