Fui ao Shopping Iguatemi comprar um paletó para a festa de estreia da minha novela, “Morde & Assopra”, dia 21. Sabem como é, uma ocasião especial merece roupa especial!
Mas não estou furioso com o terno, não.
Estava em meu carro, com motorista. Um senhor experiente que já dirigiu, inclusive, van escolar. Pegamos a Alameda Gabriel Monteiro da Silva. O trânsito um pouco carregado. O que prova que ele não corria!
Um carro parou na nossa frente. Ele desviou para a direita e caiu num buraco. Não era um simples buraco. Era um precipício! Enorme! Largo e profundo! O pneu dianteiro arrebentou!
Ficamos parados na Gabriel em pleno trânsito, tentando achar um local para estacionar. Claro, não havia. E também não havia um guarda de trânsito para nos ajudar. Rodamos uns bons metros, até uma loja onde o segurança nos deixou parar. Meu pneu esfacelou de vez. De lá, ligamos para a seguradora.
Era impossível trocar o pneu naquele lugar. E o carro é pesado. Veio guincho. Meu carro foi levado até uma concessionária. Amanhã veremos o que fazer. Vou ter que comprar um pneu novo, é óbvio.
Não é o primeiro buraco com que me confronto no asfalto paulistano. São tantos buracos que, às vezes, me sinto num carrinho de parque de diversões, desviando de obstáculos. Os outros motoristas também. E me fecham pela direita para desviar. Dali a pouco, eu fecho. Ou fugimos pela contramão. É um terror!
Eu pago meus impostos em dia. O mínimo que espero é a contrapartida. Mas nem em uma rua conhecida como a Gabriel Monteiro, de muito tráfego, consigo escapar de buracos. Imaginem nos bairros mais periféricos. Às vezes não se sabe se é um buraco ou obra de piscinão!
Pois é, pago meus impostos. E também vou ter que comprar um pneu novo. Se não tiver danificado a roda, o que sairá ainda mais caro. Reclamar como? Se eu telefonar para a prefeitura, quem atender provavelmente dirá:
— Se vira!
Quem fica com o prejuízo sempre sou eu, que sou cidadão.
E só me resta ficar furioso!
Fonte: VEJA SAO PAULO. BLOG DO WALCY
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